quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Sexta reunião do grupo do Pibid 24/02/21

        



            No início da reunião, as professoras Andréa e Socorro falaram sobre os desafios das aulas durante a pandemia. A professora supervisora Socorro falou sobre a experiência dela com as aulas nesse período. Em seguida, a professora Mércia falou que não sabe como vai ser o modelo de retorno às aulas no estado de Alagoas: se presencial, remoto ou híbrido.


A reunião começou efetivamente com a apresentação da atividade de abordagem etnográfica sobre o filme “Xingu”, de 2012.



Atividade: “encontro com o outro”


Como se deu esse encontro? 


Representantes dos grupos foram determinados previamente para a apresentação:

Grazi e Nayara

Mateus e Nathally

Waneska


Os pibidianos apresentaram momentos-chave do filme em que ocorrem encontros com “o outro”/uma nova cultura.


Mateus e Nathally 

Os caiabis sendo mal recebidos pela outra tribo, por serem tribos diferentes. Cláudio se vê dentro de uma batalha entre duas tribos e se insere no contexto. As tribos se reconhecem como diferentes. São "outros" diferentes, mas ocupam o mesmo local de fala. 

Quanto a Cláudio, apesar de ter uma identidade real, e mesmo sendo branco, fala como se fosse parte da tribo. Ele se coloca dentro daquele local para apaziguar a situação.


Wanneska

Cacique caiabi sendo ameaçado por Cláudio. Apesar do contato e da compreensão, a voz do homem branco se sobressaiu. A violência. A arma de fogo.


Grazi

Escambo. Trocas de objetos, comida e etc. entre brancos e índios. 


Professora Socorro: É preciso “despir-se” para abraçar o outro e sua identidade.


Nayara

Defesa das terras e da cultura indígena pelos irmãos Villas-Bôas.



Pontos explanados pela professora Andréa sobre a Etnografia e Linguística Aplicada:


  • É preciso desconstruir o eu formado até o hoje para adentrar numa nova realidade para que isso possa ser eficaz. 

  • É preciso estudar com postura.

  • Agir de forma individualista é uma impostura.

  • A postura do pibidiano deve ir para além de uma bolsa. Isso, na verdade, é uma questão periférica. Há uma questão idealista maior: fazer a diferença, dentro de suas limitações.

  • Quando se está numa relação educativa, se está dentro de um lugar social. No Pibid, ocupamos um lugar. 

  • O filme “Xingu” mostra uma diminuição da relação hierárquica. Na sala de aula, é preciso também diminuir essa distância no território da aula. 

  • Para conseguir entender melhor os alunos, não se pode interpretar antes de descrever.




Etnografia - É preciso ficar “ficar cego” na abordagem. 



Noção: Saber ver

Etnografia educacional: estranhamento com o "velho". É necessário quebrar com o que é visto como tradicional, definitivo e preconceituoso e estranhar a crença de que um aluno visto como difícil não vai ser produtivo. É compreender que todos têm potencial.


Nocao: "Saber estar com"

Quando se entra em campo, não se está mais neutro. Não há neutralidade. O profissional faz parte daquela realidade. É preciso exercitar a empatia e dar voz aos alunos. Não se pode impor a sua verdade.


Noção: Saber escrever - o trabalho do pesquisador


  • Conhecer e reconhecer seu lugar de fala como professor: posturas e imposturas.

  • Saber descreve a realidade.

  • Confrontar as crenças a partir do estranhamento.

  • Mostrar a relação com o outro. Esse outro é objeto da pesquisa/estudo. 

  • Entender quando se deve ceder e quando não. Isso sem abrir mão de sua visão pedagógica.

  • Descrever os eventos, em parte, pela visão do outro, compreendendo os significados desses eventos para o outro.

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