quarta-feira, 3 de março de 2021

Segunda atividade de etnografia - Pibid Letras/Português - Ufal 2020

 Atividade do Pibid Letras - Português/Ufal 


                                Imagem da Internet


Estudo Etnográfico por meio de artigos de ex-pibidianos e de seus professores coordenadores


Leitura 1: 

PEREIRA, A. O ingresso na prática docente dos letramentos sociais. Revista Linguagem em Foco, v. 12, n. 3, p. 260-279, 22 jan. 2021. 


Após leitura individual do artigo (1), identifique no artigo


  1. momentos, marcas, sinais de que há uma preocupação dos participantes da pesquisa – professor-pesquisador; bolsistas/colaborador em formação – em construir um “lugar de fala”, que aponta para posturas e imposturas; 


No artigo, a professora coordenadora Andréa mostra a importância de visualizar a realidade do outro na abordagem de estudo (p. 264) e explica que entendeu a necessidade de intervir na relação dos bolsistas com a leitura antes que eles fossem à sala de aula incentivar os alunos a lerem (p; 268). 

Os pibidianos que estavam no 7º A ouviram os alunos e, em conjunto, definiram o cordel como gênero textual, levando em consideração a questão cultural, o gosto e o interesse dos alunos na escolha do  gênero. Os pibidianos também relataram que visualizaram um  início  difícil nas produções dos alunos, mas o bom uso do “saber estar com” fez com que bons resultados fossem obtidos. Então houve uma integração desses dois saberes, o que promoveu uma quebra na percepção inicial que apontava para uma baixa adesão dos alunos  (p. 272).

Os relatos de Eduardo Carvalho apontam para a necessidade de troca na prática de ensino-aprendizagem. Ele visualizou que os alunos foram mais participativos quando puderam ser parte do processo decisório, não recebendo uma proposta pronta e inalterável (p. 274).



  1. onde pode ser vista ou entrevista a noção de WINKIN (1998) do “saber estar com!”, que aponta para a postura de não neutralidade do pesquisador no campo.


Quanto ao 7º “A”, é relatado que os alunos não possuíam o hábito de leitura e se sentiram pouco motivados com as atividades propostas pelo grupo do Pibid, então os pibidianos propuseram uma entrada à obra por meio do filme que adapta o livro, apontando a não neutralidade deles na sala de aula (flexibilidade) e também uma boa postura como docentes em formação (o interesse de fazer as atividades darem certo e o compromisso com a prática de ensino) (p.271).

Carvalho conta em seu relato que o grupo de pibidianos questionou os alunos sobre como eles se aprofundaram na obra desde o encontro anterior, mas só receberam a resposta de uma aluna. Essa aluna contou que assistiu o filme que adaptou a obra de trabalho da turma (O Guia do Mochileiros das Galáxias). Dessa deixa, eles aproveitaram a oportunidade e a inseriram mais fortemente no contexto da aula, dando a ela a tarefa de contextualizar a obra para os colegas (p. 275).

Carvalho também fala que os pibidianos se atentaram ao fato de que a aula estava ficando tediosa e, por isso, decidiram levar os alunos para fazerem uma leitura compartilhada no pátio, o que tornou certos momentos inaudíveis para alguns alunos. No entanto, comenta que, por meio de discussões com a turma, os alunos conseguiram captar o que foi lido (p. 275).



Leitura 2: 

SILVA, Daniela Ferreira; SIQUEIRA, Thalyta V.; GOMES, Luiz Fernandes. Pedagogia Transmídia: reflexões sobre uma proposta de leitura literária dentro da cultura de convergência.


Após leitura individual do artigo (2), identifique


  1.  Em que medida o trabalho pedagógico proposto pode ser relacionado à noção de WINKIN (1998) do “saber ver!”, ou seja, saber rever e repensar sua crenças, valores, conhecimentos cristalizados em função de uma determinada experiência com o “outro”.


As bolsistas relatam que a escola em que o grupo trabalhou possuía um projeto de leitura de clássicos da literatura e apresentou certa resistência na aceitação de um projeto que fosse alinhado aos multiletramentos (p. 123 e 127), no entanto, o grupo do de pibidianos não se deram por vencidos e deram prosseguimento às atividades, alinhando-se às práticas que regem o programa. 

Elas também comentam sobre o quão receosas estavam no início das atividades do Pibid quanto aos interesses dos alunos pela leitura e (consequentemente) pela participação deles nas atividades propostas. No entanto, elas repensaram esse julgamento ultrapassado sobre a prática de ensino-aprendizagem, quando entenderam que os jovens mostraram disposição para a leitura e para a prática de atividades colaborativas, desde que eles fizessem parte das escolhas, sendo ativos em todo o processo e quando não fossem estabelecidas estruturas hierárquicas que só servem para promover status e a distância na relação entre professores e alunos na sala de aula (p. 134).


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