A reunião começou efetivamente com a apresentação da atividade de abordagem etnográfica sobre o filme “Xingu”, de 2012.
Atividade: “encontro com o outro”
Como se deu esse encontro?
Representantes dos grupos foram determinados previamente para a apresentação:
Grazi e Nayara
Mateus e Nathally
Waneska
Os pibidianos apresentaram momentos-chave do filme em que ocorrem encontros com “o outro”/uma nova cultura.
Mateus e Nathally
Os caiabis sendo mal recebidos pela outra tribo, por serem tribos diferentes. Cláudio se vê dentro de uma batalha entre duas tribos e se insere no contexto. As tribos se reconhecem como diferentes. São "outros" diferentes, mas ocupam o mesmo local de fala.
Quanto a Cláudio, apesar de ter uma identidade real, e mesmo sendo branco, fala como se fosse parte da tribo. Ele se coloca dentro daquele local para apaziguar a situação.
Wanneska
Cacique caiabi sendo ameaçado por Cláudio. Apesar do contato e da compreensão, a voz do homem branco se sobressaiu. A violência. A arma de fogo.
Grazi
Escambo. Trocas de objetos, comida e etc. entre brancos e índios.
Professora Socorro: É preciso “despir-se” para abraçar o outro e sua identidade.
Nayara
Defesa das terras e da cultura indígena pelos irmãos Villas-Bôas.
Pontos explanados pela professora Andréa sobre a Etnografia e Linguística Aplicada:
É preciso desconstruir o eu formado até o hoje para adentrar numa nova realidade para que isso possa ser eficaz.
É preciso estudar com postura.
Agir de forma individualista é uma impostura.
A postura do pibidiano deve ir para além de uma bolsa. Isso, na verdade, é uma questão periférica. Há uma questão idealista maior: fazer a diferença, dentro de suas limitações.
Quando se está numa relação educativa, se está dentro de um lugar social. No Pibid, ocupamos um lugar.
O filme “Xingu” mostra uma diminuição da relação hierárquica. Na sala de aula, é preciso também diminuir essa distância no território da aula.
Para conseguir entender melhor os alunos, não se pode interpretar antes de descrever.
Etnografia - É preciso ficar “ficar cego” na abordagem.
Noção: Saber ver
Etnografia educacional: estranhamento com o "velho". É necessário quebrar com o que é visto como tradicional, definitivo e preconceituoso e estranhar a crença de que um aluno visto como difícil não vai ser produtivo. É compreender que todos têm potencial.
Nocao: "Saber estar com"
Quando se entra em campo, não se está mais neutro. Não há neutralidade. O profissional faz parte daquela realidade. É preciso exercitar a empatia e dar voz aos alunos. Não se pode impor a sua verdade.
Noção: Saber escrever - o trabalho do pesquisador
Conhecer e reconhecer seu lugar de fala como professor: posturas e imposturas.
Saber descreve a realidade.
Confrontar as crenças a partir do estranhamento.
Mostrar a relação com o outro. Esse outro é objeto da pesquisa/estudo.
Entender quando se deve ceder e quando não. Isso sem abrir mão de sua visão pedagógica.
Descrever os eventos, em parte, pela visão do outro, compreendendo os significados desses eventos para o outro.