Na palestra, a professora Isabel Higino abordou a questão das relações afetivas nos espaços de formação. Higino destacou que esse tema é pertinente para o período que vivenciamos: o período de pandemia. A professora relata que o período de pandemia a atingiu fortemente, levando em consideração que ela é uma pessoa muito ativa e que valoriza as interações sociais.
A professora inicia a palestra com uma definição para o termo afetividade: um conjunto de fenômenos afetivos, íntimos e individuais. Segundo ela, os momentos vivenciados determinam a intensidade dos afetos. Ela ainda destaca fatores como a moral, a ética, a autoestima, a empatia e outros como diretamente relacionados à afetividade. Sobre a palestra, Higino diz que, mesmo a afetividade estando diretamente ligada à vida do indivíduo, de uma forma geral, o foco da discussão é na interação no processo de construção do conhecimento.
A professora destaca que sentir-se "amparado" é um fator determinante para sentir-se estimulado a realizar as atividades propostas. Num outro momento, a professora reafirma essa questão ao falar que as relações interpessoais/interações sociais têm a capacidade de ajudar os alunos na superação de dificuldades.
Sobre o emocional dos professores, Higino destaca que as vivências deles como profissionais exigem muito mais deles do que as próprias atribuições da profissão. A professora também reflete sobre o quão interessante seria pensar a afetividade dentro dos currículos dos profissionais da educação como um pressuposto teórico que iria incidir diretamente na formação de indivíduos.
A professora fala que os ambientes de aprendizagem, em grande parte, ainda focalizam apenas na racionalidade. Segundo ela, a escola costuma se isentar das relações afetivas. Para ela, excluir as questões do afeto, é um grande problema.
A professora destaca a fala de uma outra pesquisadora sobre a recente mudança do papel do professor no processo educacional, num mundo globalizado e tecnológico, onde os alunos têm facilidade de acesso à informação. Na reflexão da citação, Higino explica que o professor tem deixado o lugar de ser repassador de conteúdo para assumir a posição de mediador, unindo fatores cognitivos e afetivos para auxiliar o aluno.